Lá vem a multidão
Cabisbaixa e chorando, lamentando
Era tarde demais
O menino morreu
Era uma viúva, só tinha um filho
Batalhava em seus dias
E ainda tinha
Sonho para sonhar
Corria pra um lado
Corria pra outro
Sustentava o menino
Pois era tudo que tinha
As lutas da vida
Nos pegam de surpresa
Tentando matar nosso sonho
E nos fazer parar
Quando estava sonhando e sorrindo
Só ficavam de longe olhando o menino
O sonho acabou, o menino morreu
Tem até cortejo para lhe acompanhar
Aquele cortejo, ao sair da cidade
Prestes a enterrar
Um sonho que morreu
Nem imaginavam, o que ía acontecer
Seguiram chorando e se lamentando
Aquela viúva
Perdeu tudo que tinha
E já não sentia mais razão, para viver
Perdeu o marido que tinha
Era o único filho sonho que existia
Foi interrompido
Pois a morte, tentou matar
E seguia chorando aquela multidão
Cabisbaixa, sem esperança
Prestes a interrar
Um sonho que morreu
Porém logo adiante
Vinha outra multidão
Que caminhava diferente
Com a cabeça erguida
E eu vou cantar, pra te fazer entender
A diferença das Duas multidões
Lá vem a outra multidão
Com a cabeça erguida
Não estão chorando
Nem se lamentando
Estão caminhando
Com O mestre da vida
Pois Ele é Quem decide
Quem morre ou ressuscita
E quem neste caminho
Acha que morreu
Está sepultando do sonho
Que era seu
O mestre de viu
E vai falar contigo
Escute aí
Não chore
Eu te toco, de renovo
Te acalento, te sustento
Sou eu o dono da vida
Sou eu o dono do tempo
Eu faço e desfaço
E da morte eu corto o laço
E digo pra o menino
Levanta
E o cortejo que chorava
Agora está sorrindo
E quem se lamentava
Por perder o menino
Levante a cabeça, mesmo sem entender
Quem ressuscita sonho acabou de chegar
Adore, adore, adore, adore
Oh adore, adore, adore