Me chamam ventania
Porque estou sem estar
Teus olhos eram duas janelas
Abertas alertas para o infinito
E da visão que deslumbrava delas
Aflorava vida num poema escrito
Pela paz da lua no umbral das ruas
Na pua gasta de uma pena antiga
Na seara vasta do papel de oficio
Semeavam vicio pra colher no verso
Mais uma cantiga
Uma de roda, outra de peão
Que tirando o e se transformou em pão
Outra foi pra rosa que sangrou espinhos
Pra cambiar de ninho por esse mundão
Outra de um xiru campeiro
Que foi teu parceiro e se chamou João
E outras que perdi de conta
E o tempo reponta e nos canta de mão
Óia o dourado
Óia o dourado
Óia o dourado
Me chamam ventania porque estou sem estar
Não, não, ninguém tem culpa João
De tua janela vislumbrei um verso
Que pelo universo me tornou teu fã
E nas horas vagas a minha poesia
Encontrou abrigo ao rimar amigo a palavra irmão
Uma de roda, outra de peão
Que tirando o e se transformou em pão
Outra foi pra rosa que sangrou espinhos
Pra cambiar de ninho por esse mundão
Outra de um xiru campeiro
Que foi teu parceiro e se chamou João
E outras que perdi de conta
E o tempo reponta e nos canta de mão
De tua janela vislumbrei um verso
Que pelo universo me tornou teu fã