Todo dia ele acorda sem ninguém
No seu quarto tão distante de alguém
Ele posta fotos sempre sorridente
Ele diz que está contente, estar sozinho é um presente
Toda tarde ele vai no mesmo bar
E comemora até os jogos de azar
Com amigos ele é ator demais
Fala que viver sozinho é sinônimo de paz
Mas aí chega noite, tudo se desfaz
Toda noite ela abraça o violão
O seu pranto faz as notas da canção
E outra vez dentro do seu quarto trancado
Ele vive assombrado com a maldita solidão
Uma noite se tornou longa demais
Para o drama que está vivendo este rapaz
Sua vida parecia um livro aberto
Mas é um navio deserto que perdeu o próprio cais
Seu disfarce não engana os racionais
Seu disfarce não engana os racionais