Os termos musicais são importantes para quem deseja entender a teoria, ler cifras e desenvolver suas habilidades.

Desde ritmo e harmonia até técnicas de execução, conhecer esses conceitos ajuda no aprendizado e aprimora a prática. Por isso, separamos os principais termos para você conhecer.

15 termos musicais para você aprender e inserir no seu cotidiano

Quando você entende o que os termos musicais significam, sua evolução técnica e teórica acontece de forma mais rápida e segura.

Além disso, você passa a escutar música de forma mais clínica, ajudando a aumentar sua percepção musical.

Então, vamos assimilar os termos musicais rítmicos?

1. Ritmo

O ritmo é a organização dos sons e pausas ao longo do tempo em uma música.

Ele define a duração das notas, as pausas entre elas e a intensidade de cada som, criando padrões que caracterizam uma canção.

As notas podem ser longas ou curtas, fortes ou suaves, e suas variações formam o ritmo. Um bom exemplo é a introdução de Pinball Wizard:

Note que o primeiro acorde é mais forte e prolongado do que os seguintes. Essa dinâmica também aparece em solos, linhas de baixo e melodias vocais.

2. Pulso

O pulso (ou batida) é a marcação constante que divide o tempo da música em partes iguais, e funciona como uma sequência de batidas regulares, em que cada uma tem a mesma duração.

Um exemplo simples de pulsação musical é a música Parabéns Pra Você. As palmas batidas durante o canto seguem exatamente o pulso da canção.

Alguns pulsos podem ser mais fortes que outros, criando uma sensação rítmica organizada e dando forma ao compasso da música.

3. Andamento

O andamento define a velocidade com que uma música deve ser tocada, sendo determinado pela duração do pulso.

Ele pode variar ao longo da execução, como acontece em Parabéns Pra Você, em que o ritmo geralmente acelera no final.

Os andamentos costumam ser indicados por termos italianos, como larghetto (lento), moderato (médio) e allegretto (rápido).

A medição do andamento é feita em BPM (batidas por minuto), em que o valor menor indica um ritmo mais lento e o valor maior, um mais acelerado.

Para manter o tempo correto, é comum utilizar o metrônomo, que marca pulsos regulares em diferentes velocidades.

4. Compasso

O compasso é o agrupamento dos pulsos de uma música, organizado conforme uma estrutura rítmica específica.

É representado na partitura por uma fórmula de compasso, que aparece ao lado da Clave de Sol, indicando o número de tempos por compasso e a figura rítmica que equivale a um tempo.

5. Tempo

O tempo é o que vai manter o ritmo, o pulso e o andamento alinhados, garantindo que a música flua de maneira precisa do começo ao fim.

Ele também é o responsável por definir a duração do pulso: intervalos mais longos entre as batidas resultam em músicas mais lentas, enquanto intervalos mais curtos criam músicas mais rápidas.

Como consequência, o tempo influencia diretamente o andamento da canção.

6. Ostinato

O ostinato é uma frase musical que se repete por toda a música ou grande parte dela, podendo aparecer tanto na melodia quanto no acompanhamento.

Com isso, ele cria uma base rítmica ou harmônica constante. Um exemplo clássico está em Take a Chance on Me, do ABBA.

Nela, as vozes masculinas repetem um padrão rítmico baseado no título, enquanto as vozes femininas cantam a melodia principal.

7. Basso ostinato

O basso ostinato é um tipo de ostinato melódico em que a linha de baixo se repete continuamente ao longo da música.

Como o nome em italiano sugere, trata-se de um baixo persistente, criando uma base rítmica e harmônica estável.

Um bom exemplo é Money, do Pink Floyd, em que a linha de baixo mantém um riff repetitivo, enquanto a melodia vocal e os acordes da guitarra se desenvolvem sobre essa base, dando identidade ao som.

8. Síncope

A síncope acontece quando uma nota é tocada na parte fraca do tempo e prolongada até a parte forte, criando uma sensação de antecipação rítmica.

Esse deslocamento da acentuação faz com que a música ganhe um efeito rítmico próprio.

Como exemplo, podemos observar a batida do violão da bossa nova, que utiliza a síncope para criar seu balanço característico.

9. Cadência

A cadência é a sequência de acordes que finaliza uma parte da música, criando sensação de conclusão ou continuidade.

Ela pode encerrar um trecho de forma definitiva, como na cadência perfeita, ou deixar a música em suspense, como na meia cadência.

10. Anacruse

A anacruse é quando a música começa antes do primeiro tempo do primeiro compasso, criando uma introdução antecipada.

Em Come As You Are, do Nirvana, se você contar “um, dois, três, quatro” antes do início, vai perceber que o riff começa entre o terceiro e o quarto tempo.

11. Acéfalo

O acéfalo é um tipo de início musical em que a melodia começa após o primeiro tempo do primeiro compasso, geralmente no contratempo.

Diferente da anacruse, ele ocupa mais da metade do compasso inicial, que costuma ter pausas antes da entrada das notas.

12. Tético

Tético é o ritmo inicial que começa exatamente no primeiro tempo do primeiro compasso, marcando a entrada da música na parte forte do pulso.

Um bom exemplo desse tipo de início é Seven Nation Army, do White Stripes, em que o famoso riff começa diretamente no primeiro tempo.

13. Timbre

O timbre é a característica sonora que diferencia os instrumentos e vozes, mesmo quando tocam a mesma nota.

Ele é determinado por fatores como material, formato e técnica de execução. Por exemplo, um violão e um piano podem tocar a mesma nota, mas o som de cada um será distinto.

14. Soprano

Soprano é a voz mais aguda na música, com alcance geralmente acima das outras classificações vocais.

É comum em coros, óperas e música popular, destacando-se por sua capacidade de atingir notas altas com clareza.

15. Sustenido

O sustenido (#) é um sinal de alteração musical que eleva uma nota em meio-tom. Ele modifica a altura do som, tornando-o ligeiramente mais agudo do que sua versão natural.

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