Poderoso Chefão da Fender diz que mulheres vão salvar mercado da crise
Em 2018, a indústria musical foi surpreendida com o estouro da crise no mercado de guitarras. Depois de vários especialistas comentarem sobre o tema, chegou a vez de Justin Norvell, vice-presidente sênior da Fender, revelar seu ponto de vista. Em conversa com o jornal Australian Musician, o executivo comentou sobre vários aspectos do estado atual da indústria de instrumentos musicais.
De acordo com Norvel, não há crises no mercado de guitarras. Segundo ele, o aumento do número de mulheres guitarristas será o principal fator na”salvação” do mercado de vendas do instrumento musical.
A indústria da guitarra está no topo e a tendência é continuar crescendo por uma simples razão: existe um número maior de mulheres tocando guitarra
Norvel também argumenta que por mais que não esteja na moda, a guitarra continua importante. Segundo ele, a versatilidade é uma característica que torna o instrumento um elemento fundamental para a criação musical.
O David Gilmour, disse uma vez que não há nada como uma guitarra por causa da quantidade de nuanças e personalidades que pode trazer à tona. Se você e eu tocarmos a mesma nota em uma guitarra, elas soariam diferentes
Para lidar com a crise que assombra várias marcas concorrentes, incluindo a Gibson, o executivo da Fender acredita que o ideal é oferecer uma experiência completa para o músico. “Pensamos em toda a cadeia. Pensamos no amplificador, nos pedais e na guitarra. É um pincel sonoro, e nós apenas nos certificamos de que oferecemos versatilidade suficiente para que seu sonho seja possível”, afirma.
Se as coisas andam boas lá na “gringa”, sobretudo pra Fender, o mesmo não acontece do lado de cá da Linha do Equador. Segundo dados recentes da Anafima (Associação Nacional da Indústria da Música), desde 2012, a venda do instrumento caiu 78%. Por um Brasil com mais mulheres tocando guitarra!
Gustavo Morais
Jornalista, com especialização em Produção e Crítica Cultural. Pesquisador independente de música, colecionador de discos de vinil e mídias físicas. Toca guitarra, violão, baixo e teclado. Trabalha no Cifra Club desde novembro de 2006.