Improvisação musical: saiba o que é preciso pra dominar esse assunto
A capacidade de improvisação musical é uma virtude que grandes músicos instrumentistas tendem a dominar, principalmente se tratando de gêneros como o Jazz, o Blues, o Rock, o Choro e a música instrumental de forma geral. Pois, mesmo os solos, fraseados e riffs que foram registrados em álbuns clássicos, em grande parte, tiveram origem em um momento de improvisação instrumental.
Por isso, resolvemos neste post falar um pouco sobre essa competência tão fundamental para a formação do músico de sucesso: a improvisação musical!
Vem com a gente!
O que é improvisação musical?
Basicamente, a improvisação é a arte de compor e executar instantaneamente algum trecho musical. A forma mais famosa é a criação espontânea de uma melodia sobre alguma base harmônica que esteja sendo tocada. Em outras palavras, improvisar é inventar e tocar ao mesmo tempo, na hora, um solo, um riff, uma introdução ou uma melodia em cima de uma sequência de acordes.
Mas, não se engane, o improviso na música não é absolutamente livre e sem critério. Ao contrário, as notas colocadas em um momento de improvisação precisam fazer sentido harmonicamente.
É difícil improvisar?
Em primeiro lugar, é preciso entender que a arte da improvisação não é um bicho de sete cabeças. Em suma, você vai começar a praticar essa habilidade executando notas e criando melodias em cima de uma progressão de acordes já pré estabelecida, que é a forma mais usual de se improvisar.
Essa progressão de acordes estará dentro de alguma tonalidade do campo harmônico maior ou menor. Portanto, ao improvisar, você tocará variações de notas dentro da escala que corresponde à tonalidade da canção.
Claro que haverá escalas específicas e modos específicos que funcionarão melhor para determinados contextos harmônicos e estilos musicais. Por exemplo, a escala pentatônica funciona muito bem em improvisações em contextos de rock, blues e suas variantes.
Falando em pentatônica, saca só esse aulão do Maurício Fernandes sobre as aplicações da penta!
Já para se improvisar em harmonias mais complexas, como o jazz e o samba, por exemplo, a escala pentatônica não funcionará muito bem. Nesses contextos, é comum o uso de cromatismos, dissonâncias e de abordagens melódicas que exigem estudos mais aprofundados.
Sendo assim, a improvisação em harmonias mais sofisticadas exigirá do músico domínio dos modos gregos, por exemplo. Mas não se preocupe, abaixo preparamos uma playlist exclusiva para você se aprofundar também neste assunto.
Confira!
Qual é a importância da improvisação musical?
Saber improvisar, primordialmente, tem a ver com o ato criativo, com a composição. Por isso, desenvolver a improvisação como instrumentista é importante, pois implica em criar a sua identidade como músico, sua veia autoral.
Além disso, para improvisar bem o músico precisa já ter um repertório de escalas, bem como o conhecimento teórico de como aplicá-las. Isso te leva ao estudo da teoria musical e, por consequência, te fará um músico mais completo, sem dúvidas!
No entanto, nem só de estudos e preparação teórica vive o instrumentista bom em improvisar. Já ouviu falar em feeling? Então…
Muitos músicos já nascem com esse sentimento e inspiração para improvisar solos malucos e fascinantes de forma natural e espontânea. Já outros, atingem essa mesma capacidade de se expressar musicalmente e de emocionar as pessoas desenvolvendo a técnica e o conhecimento teórico por trás dessa habilidade.
Em conclusão, a improvisação musical é de suma importância se você quer ser um artista criativo e dinâmico. Além disso, a busca pela improvisação traz atrelada o estudo de escalas e campos harmônicos, no mínimo. Dessa forma, ela te obriga a buscar informações teóricas e te leva muito mais adiante no seu desenvolvimento como músico.
Há diferenças entre composição e improvisação?
A princípio, a ideia de composição está associada à intenção de fazer a versão definitiva da música. Por outro lado, a improvisação busca a performance única, irrepetível.
Dessa forma, a composição musical tem a ver com o que ficou registrado na pauta de uma partitura ou na gravação de um disco em estúdio. Ao passo que a improvisação tem a ver com o que surge ali na hora, em um momento de inspiração no palco.
Melhores dicas para aperfeiçoar a improvisação musical
De qualquer forma, seja qual for a sua abordagem no estudo da improvisação, a prática será sua principal aliada. No entanto, certifique-se de já ter dado uma boa estudada nas escalas diatônicas maiores e menores. É importante também saber identificar a tonalidade da música baseando-se nos acordes do campo harmônico.
1. Crie um bom repertório de licks
Pode parecer contraditório, mas pra começar você deve estudar os hábitos de improviso de seus instrumentistas favoritos.
Em outras palavras, você precisará de referências e de algum repertório, por isso é legal aprender os licks dos solos que você curte. Dessa maneira, você terá um repertório de soluções melódicas rápidas para o seu improviso. O que nos leva ao próximo tópico.
2. Adapte esses licks em diferentes contextos
Sabendo um monte de licks, você poderá fazer modificações em cada um a partir de variações melódicas ou rítmicas.
Além disso, você pode tentar aplicar em contextos musicais diferentes os licks que tirou. Dessa forma, aos poucos, sua capacidade de improvisar vai se refinando, bem como sua identidade como músico.
3. Aprenda a tocar a mesma frase em tons maiores e menores
Transpor melodias da escala maior para a escala menor é uma boa estratégia para sacar o feeling e a intenção melódica de uma ideia musical. Sem dúvida, esse é um bom exercício que permite ao músico conhecer e expressar sentimentos distintos que cada tonalidade imprime na música.
Leia também: Rearmonização: aprenda o que é e como fazer
4. Estude as target notes
As notas alvo, como o nome traduzido indica, devem ser o foco nos seus fraseados de improvisação. Já ouviu falar nessa abordagem? É bem simples, na verdade. Usar target notes consiste em dar maior ênfase nas notas que compõem cada acorde da progressão sobre a qual você está improvisando.
Claro que seu improviso não precisa se limitar a essas notas, no entanto, para desenhar melodias memoráveis é preciso que você passe por elas em algum momento do solo. Para isso, você pode usar as outras notas da escala como preparações para tocar as target notes.
5. Pratique com backing tracks
No YouTube há uma ampla oferta de backing tracks em variadas tonalidades e estilos para você praticar o seu improviso. Vale a pena dedicar um tempinho para praticar seus solos.
Tocar com backing tracks é uma forma eficiente de ver se suas ideias para o improviso estão soando bem. Além disso, você poderá ouvir melhor as “notas fora” de seu improviso, bem como checar questões como a afinação dos bends e divisão rítmica das notas.
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