Tudo o que você precisa saber sobre o amplificador de guitarra!
Os instrumentos elétricos são a alma e o coração da música de nossos tempos. E o que seria deles se não fossem seus fiéis escudeiros, os equipamentos que lhes dão voz, ou seja, os amplificadores? Nesse sentido, o amplificador de guitarra não deixa de ser protagonista nesta história, não é mesmo?
Antes de tudo, precisamos lembrar que esse é um vasto campo de estudo e discussão. Afinal, cada detalhe da construção de um amplificador é importante na hora de construir um timbre único de guitarra. Ou seja, lendas como Jimmy Hendrix e John Frusciante não seriam os mesmos sem seus gigantescos Stacks Marshall JCM no palco.
Foi pensando nisso que resolvemos falar um pouco sobre sobre o fascinante mundo dos amps! Vem com a gente!
O que é um amplificador de guitarra e para que ele serve?
Antes de tudo, lembre-se que a guitarra elétrica depende do amplificador para funcionar. E é por meio dele que a captação da vibração das cordas produz o maravilhoso som que você ouve.
Como essa vibração das cordas é transformada em sinal elétrico na guitarra, ele pode ser modificado e amplificado por equipamentos eletrônicos.
Pois é… ao contrário do violão, a guitarra elétrica não tem uma caixa de ressonância acústica. Ela é, ao contrário, uma peça sólida, cuja ressonância não basta para a propagação do seu som.
É aí que entra o amplificador, ele converte esse sinal elétrico, amplificando-o e convertendo-o em ondas acústicas. Até por causa disso, cada componente eletrônico ou característica estrutural da construção do amplificador dará características únicas ao timbre da guitarra.
Assim, muito mais do que para amplificar, o amplificador é uma parte importante da linguagem da guitarra elétrica.
Quando surgiram os primeiros amplificadores de guitarra?
A guitarra elétrica foi inventada em 1945. Logo, poderíamos dizer que os amps surgiram nesta mesma época.
Como não poderia ser diferente, a Fender foi uma das primeiras fabricantes de amps. Aliás, o modelo clássico valvulado da marca, o Fender Princeton, foi lançado naqueles tempos.
Que tipos de amplificador de guitarra existem?
Existem, na verdade, características diversas e configurações variadas do que pode ser um amp de guitarra. Graças a isso, podemos pensar em categorias e subcategorias de amplificadores
A seguir, vconversaremos sobre alguns dos principais tipos de amps e das diferenças fundamentais entre eles. Se liga!
Transistorizados ou valvulados, qual é melhor
Poderíamos dizer, resumidamente, que há duas tecnologias que se contrapõem quando se fala em tipos de amplificadores, o transistor e a válvula.
Os valvulados vieram primeiro e reinaram por mais tempo. Graças a isso, a maioria dos sons clássicos de guitarra elétrica que você ouve nos álbuns saiu dessas belezuras.
As válvulas produzem um som mais “quente”, com mais harmônicos e dinâmicas que os transistorizados. No entanto, os amps valvulados são bem mais caros, pesados e consomem mais energia.
Mas os transistorizados também deram sua contribuição pro rock e pra música, especialmente da década de noventa pra cá. O Dimebag Darrel, por exemplo, um dos últimos guitar heroes do rock usava transistor.
Não precisa nem falar nada sobre o timbre matador que o cara tirava de seu stack Randall. Saca só o mestre, em 1993 demonstrando seu timbre único com esse tipo de amp:
Se você quiser saber mais um pouco sobre essas duas tecnologias, se liga nesse vídeo que o instrutor Gustavo Fofão preparou pra nós!
Amplificador de guitarra híbrido: o melhor dos dois mundos
Existem também os amps do tipo híbrido, ou seja, aqueles que misturam válvulas com transistores no sistema eletrônico.
Geralmente, os modelos desse tipo mais baratos têm somente a etapa de pré-amplificação com válvulas. Já os mais profissionais privilegiam as válvulas no power, que é o que traz mais a característica sonora do som valvulado.
Cabeçote ou combo, quem entrega o som mais encorpado?
Os amps têm na mesma caixa o amplificador e os falantes são chamados de combos. Já os do tipo cabeçote são somente amplificadores, sendo ligados em caixas de falantes separadas.
Via de regra, os combos são abertos na traseira, o que faz com que o som se propague tanto pela frente quanto por trás do gabinete. O que produz cancelamento de frequências na propagação do som.
Por isso, esse tipo de caixa produz um som mais soft, com menos pressão sonora. Em outras palavras, você raramente verá um músico de Jazz tocando em um stack com cabeçote e gabinete, como um JCM 900 da Marshall, por exemplo.
Esse sistema costuma oferecer um som com muito mais punch, sobretudo nas frequências médio/graves. Isso porque a parte de trás das caixas também costuma ser fechada, o que propaga o som pra frente sem cancelar fase.
Amps modeladores: uma nova revolução da tecnologia musical
O amp modulador se propõe a emular uma variedade de equipamentos: pedais, caixas, falantes e amps… Assim você pode ter o som de milhares de equipamentos em um só.
Além disso, a maioria deles têm interfaces de comunicação com computadores. Isso permite ao guitarrista criar parâmetros e templates de suas timbragens e trocar configurações com outros usuários.
Amplificadores acústicos são mesmo necessários?
Claro que sim! Os amps acústicos oferecem características timbrísticas específicas para os violões. Isso quer dizer que são projetados para amplificar as frequências e a dinâmica da tocada deste instrumento da melhor forma. No vídeo abaixo, Gustavo Fofão argumenta sobre esse tipo de equipamento:
Que potência é adequada para um amplificador de guitarra?
Geralmente, amps de 40 a 50 Watts são os mais versáteis para grande parte das situações, em estúdio ou ao vivo.
Isso porque permitem estágios de saturação em volumes moderados. Amplificadores de 100 Watts ou mais só começam a saturar em volumes muito altos, por isso podem dar mais trabalho na timbragem
Lembrando que no palco, os amplificadores também são microfonados. Sendo assim, o som projetado para a plateia não depende exatamente da potência do amplificador em si.
Mais conteúdo para guitarristas
Agora que você já está fera no assunto amplificador de guitarra, que tal se aprofundar ainda mais no mundo das seis cordas? Para te ajudar com essa questão, se liga no calibre dos conteúdos abaixo:
- Quais são as músicas mais difíceis de tocar na guitarra?
- Conheça os tipos de pontes de guitarra
- 7 tipos de captadores de guitarra
- Você conhece a anatomia da guitarra elétrica?
Por fim, preciso te lembrar que teremos mais conversas sobre envolvendo dicas de aplificador de guitarra. Nos falamos no próximo artigo?