Olhando a chuva que desliza
Sobre o para-brisa do Karmann-Ghia
Parece até que escondendo
O pranto descendo do seu rosto um dia
Pra mim a chuva é sempre triste
Pois já não existe o amor que existiu
Sozinho a viagem eu sigo
Sem ninguém comigo tudo é tão vazio
Tentando na velocidade
Fugir da saudade vou seguindo em frente
A chuva é mais forte na rua
E você continua sempre em minha mente
Quisera esquecer de tudo
Mas eu não me iludo, não posso jamais
Troquei carinho por ofensa
Hoje a consciência não me deixa em paz
Naquela noite do fim
Chovia assim como agora
Não despediu-se de mim
Sem um adeus foi embora
Perdão meus olhos pediu
Ela não quis perceber
A chuva em meu Karmann-Ghia
Virou meu sonho morreu