Eu sou a ré no tribunal mais estranho
Que pode haver
Eu sou a ré dum crime sem ter tamanho
No meu viver
Matem em mim
Com requintes de violência
A sensatez da consciência
Para viver sem lei nem norte
Matem em mim
Quanto de bom existia
Movida pela cobardia
De enfrentar minha má sorte
Hoje sou juiz
De mim mesma e por meu mal
Não sei qual seja afinal
A pena para uma falhada
Hoje sou juiz
E vivo na indecisão
Com esta interrogação
Estou inocente ou culpada?
Hoje sou juiz
De mim mesma e por meu mal
Não sei qual seja afinal
A pena para uma falhada
Hoje sou juiz
E vivo na indecisão
Com esta interrogação
Estou inocente ou culpada?
Estou inocente ou culpada?
Estou inocente ou culpada?