Que canseira
Junta tudo e sai bolando na ladeira
Sobe casa, varre a porta, o vento volta e traz poeira
Vou correndo pro quintal
A chuva molhou meus planos no varal
Me recolho pra amanhã
Acordar de novo, ajeito o fogo, abrir a porteira
Varro e jogo, o vento volta, chove lama
E essa ladeira, ai ai
Que canseira
O relógio vai e volta
Hoje e agora
Ontem foi-se o amanhã
Não sei quem trouxe a mesma feira
E meus planos no varal
Todo dia molha e seca
O vento sopra
A mesma volta
Eu abro a porta
Alguém me leva
Alguém me solta
Alguém
Tudo o que não quero, quero tudo!
O que falta e o que tem
O que sacia e dá sede
O que dá fome e mata também
Não há nada novo
Nada eterno
Nada justo, nada!
Não há nada firme, nada certo
Nada basta, nada!
Tudo isso debaixo do Sol, se vai
Tudo debaixo do Sol
Tudo isso debaixo do Sol, se vai
Tudo isso debaixo do Sol, se vai
Tudo debaixo do Sol
Tudo isso debaixo do Sol, se vai
Não há nada velho, nada morto!
Nada injusto, tudo!
Não há nada solto, nada incerto
Tudo basta, tudo!
Nada disso pra cima do Sol, se vai
Nada pra cima do Sol
Nada disso pra cima do Sol, se vai
Nada disso pra cima do Sol, se vai
Nada pra cima do Sol
Nada disso pra cima do Sol, se vai
Nada disso pra cima do
Tudo isso para cima de
Nada disso pra cima de
Tudo isso para cima de
Nada, nada, nada, nada, nada, nada