A minha vaidade me levou ao túmulo
Que ela seja capaz de me tirar
A minha carência me levou ao cúmulo
Dando brecha pro azar
Não posso reclamar das coisas
Do jeito que elas estão
Quando se é poeta
Nenhum amor é em vão
À procura de aprovação
Deixei o monstro se libertar
Então me vi na escuridão
Da hipocrisia que a idade nos dá
Eu esperava que o mundo
Fosse como eu previ
Com minhas garras construí
O abismo dentro de mim
O egoísmo era o meu dono
A simpatia, minha inimiga
O absurdo, o meu guia
A vaidade, minha trilha
E eu era luz contida
Insanidade envelhecida
Liberdade distorcida
O demônio de meus dias
Só quero ser de novo aqui
A criança que tinha fé em si
A minha vaidade me levou ao túmulo
Que ela seja capaz de me tirar
A minha carência me levou ao cúmulo
Dando brecha pro azar
Não posso reclamar das coisas
Do jeito que elas estão
Quando se é poeta
Nenhum amor é em vão