Nasci com um peso que ninguém me contou
Herdando histórias que o tempo apagou
Meu velho cansado me olhou e sorriu
Disse: Filho, a vida é uma estrada hostil
E assim vou seguindo, com meus passos em fogo
A chama que guia, num mundo tão louco
Oh, mas quem vai carregar o fardo que ficou?
Na cidade de cinzas, o tempo me moldou
Se tudo que tenho é o sonho que restou
Vou levantar minha história, e fazer dela um show
Vi minha mãe chorar, mas dizia: É pra frente!
Com a coragem de aço, e o olhar resistente
Cada rua que piso traz marcas profundas
As pegadas de tantos que o silêncio inunda
E eu sigo a ladeira, entre sombras e glórias
Guardando em segredo a memória e as histórias
Oh, mas quem vai carregar o fardo que ficou?
Na cidade de cinzas, o tempo me moldou
Se tudo que tenho é o sonho que restou
Vou levantar minha história, e fazer dela um show
Sei que há dias escuros, onde tudo se apaga
Mas lembro do riso que ainda me embala
Me agarro a essa força, à fé que resiste
Pois mesmo em ruínas, a vida persiste
É na queda e na luta que a gente se encontra
No eco das vozes que nunca se afronta
Oh, mas quem vai carregar o fardo que ficou?
Na cidade de cinzas, o tempo me moldou
Se tudo que tenho é o sonho que restou
Vou levantar minha história, e fazer dela um show
Então sigo em frente, com a chama na mão
Cada passo é um grito, cada dor, um refrão