Diga que cheguei
Não me renderei
Sorri sou rei
Corro a estrada
Por onde eu passei
Diga que cheguei
Não me renderei
Sorri sou rei
Corro a estrada
Por onde eu passei
Dá licença por favor
Que agora o tambor me chama
Demorou
Chega!
Bota no pungar da Coreia
Me lembrei das caixeiras do Santo
Divino Espírito Santo
Que já deixou saudade
Mão Andresa é só amor
Não inflama, não inflama
Fogueira acendeu
Chamou, chamou
Tambor rufou
Bate no pequeno, no médio e no grande
A orquestra é uma festa
Nos mestres de antes
Tambor já deu rufada
Coreia já rodou
É Casa das Minas, Fanti Ashanti, Nagô!
A roda começou
E quem conhece se aproxima
Não discrimina
Toma um banho
Lava a cara
Aquece a alma
Segundo Preto Velho
Quando bate no tambor
É mais um preto que se libertou
Liberdade de expressão faz a união
Descarrego pra limpar seu coração
Unção é verdadeira junção
Todos os tambores conectados
Se tu não sabes falar da tua terra
Então não serve chegado
Se Liga, liga falar
Com os ancestrais por aqui
Maior orgulho pra mim
Quantas jabiracas e punhado de farinha
Pra sobreviver nessas terras aqui
Diga que cheguei
Não me renderei
Sorri sou rei
Corro a estrada
Por onde eu passei
Diga que cheguei
Não me renderei
Sorri sou rei
Corro a estrada
Por onde eu passei
Bate palma
Faz a roda
Acende a Palhinha
Lembrei da minha vó
É bolo, biscoito, farofa de sardinha
Tia Dijé levanta o mastro
Bota bandeira lá em cima
Todo respeito aos mestres sagrados
Cultura popular
Vai sacar maior saudade de quem já foi
Satisfação para quem vai chegar
A estrela sempre vai brilhar
São Luís do Maranhão
A casa tá lá
A pomba no seu
Devido lugar
Se Deus me deu uma vida
Uma saúde pra cuidar
Se Deus me deu uma vida
Uma saúde pra cuidar
Diga que cheguei
Não me renderei
Sorri sou rei
Corro a estrada
Por onde eu passei
Diga que cheguei
Não me renderei
Sorri sou rei
Corro a estrada
Por onde eu passei