O que fica, depois de tanto peso?
O que sobrou, se tudo já se foi?
Cada marca que eu carrego é um reflexo
Do que fui, do que sou, do que nunca foi
Foram tantas quedas
Tantas estradas tortas
Agora tudo é um buraco
Um vazio sem fim
Eu me procuro, mas não me encontro
E o que sobrou de mim?
O que resta?
Quando não há mais nada
Quando tudo foi embora
E o que ficou não faz sentido
Não há mais respostas
Só o peso do passado
E o eco de um grito perdido
O que resta?
O que sobra de mim?
Se até a minha voz se calou
Sem fim
Eu construí muros
Me cobri de espinhos
Agora tudo desaba
Não sei mais quem sou
As lembranças pesam
Tudo se desfaz
E eu me vejo sem nada
Sem rumo, sem paz
Já não há forças
Não há mais olhar
Só o cansaço de viver sem saber
Não sei o que sou
Não sei o que fui
Só sei que não sei mais
O que resta de mim?
O que resta?
Quando não há mais nada
Quando tudo foi embora
E o que ficou não faz sentido
Não há mais respostas
Só o peso do passado
E o eco de um grito perdido
O que resta?
O que sobra de mim?
Se até a minha voz se calou
Sem fim
Eu me perdi em meio a tantas ruínas
As promessas quebradas
As esperanças que se foram
O que sobra depois
De tudo o que vivi?
(Só o vazio, só o que não sei mais ser)
(Murmúrios da alma, ecoam no escuro)
O que resta?
Quando não há mais nada
Quando tudo foi embora
E o que ficou não faz sentido
Não há mais respostas
Só o peso do passado
E o eco de um grito perdido
O que resta?
O que sobra de mim?
Se até a minha voz se calou
Sem fim
O que resta?
O que sobrou de mim?
O que se foi?
O que resta?