O que é tom e semitom? Entenda esses intervalos musicais
Semitom é a menor distância entre duas notas musicais, e o tom é a soma de dois semitons.
O conhecimento dos intervalos musicais é fundamental para quem toca algum instrumento, pois são eles que determinam se um acorde é maior ou menor, entre outras coisas.
E, como em qualquer estudo dentro da música, precisamos começar pela base, vamos explicar o que é tom e semitom. Quer saber mais sobre? Então, fica com a gente! 🙂
Aprenda o que é tom e semitom e suas diferenças
A diferença entre tom e semitom está no intervalo que eles determinam entre duas notas.
O semitom é o intervalo entre duas notas que estão uma ao lado da outra; e o tom possui uma nota entre outras duas.
Tom e semitom no teclado
Vamos ver como fica o tom e semitom no teclado. Quando existe uma tecla preta entre duas brancas, temos dois semitons.
Por exemplo, entre as teclas brancas Dó e Ré existe a tecla preta Dó# ou Réb. Adiante, veremos porque essa e as outras teclas pretas podem ter dois nomes.
A distância entre o Dó e Dó# ou Réb é um intervalo de semitom. Assim como, Do# ou Réb para o Ré.
Logo, a distância das teclas brancas Dó para Ré é de um tom, pois é a somatória de dois semitons.

Tom e semitom no violão
No violão, cada casa representa um semitom. Por exemplo, a nota mais próxima do mizão é a primeira casa, nota Fá. Aqui temos um semitom.
Contudo, o intervalo do mizão para a segunda casa, Fa#, é de um tom, pois soma o semitom do Mi para o Fá e do Fá para o Fa#. Essa relação acontece em todas as outras cinco cordas do violão.
Analisando o semitom
Como já vimos, o semitom é a menor distância entre duas notas no sistema ocidental. Existem dois tipos de semitom, o cromático e o diatônico. Bora lá conhecê-los?
Semitom cromático
Um intervalo de semitom é cromático quando temos duas notas com o mesmo nome em distância de semitom. Por exemplo, Do e Dó#.
Uma escala cromática usa o acidente sustenido quando ela é escrita do grave para o agudo, na sua forma ascendente.
Porém, quando ela é escrita do agudo para o grave, sua forma descendente, o acidente utilizado é o bemol.

Contudo, tanto na forma ascendente como na descendente, temos duas notas com o mesmo nome separadas por um intervalo de semitom.
Podemos perceber que entre Mi e Fá, Si e Dó e vice-versa, em ambos os casos, não existem duas notas com o mesmo nome. Mas isso também pode acontecer.
Quando escrevemos uma escala que não seja cromática, não se costuma usar duas notas com o mesmo nome. Por exemplo, a escala maior de Fá#.

A nota Mi# tem o mesmo som que a nota Fá. Mas, para não repetir os nomes Fá e Fá #, a nota Fá é escrita como um Mi#. Na escala maior de Solb, isso também acontece.

A nota Dób tem o mesmo som que a nota Si.
Semitom diatônico
Quando duas notas se encontram em distância de semitom, mas com nomes diferentes, temos um semitom diatônico. Por exemplo, Dó – Réb de forma ascendente, e Dó – Si na forma descendente.
É importante frisar que um semitom diatônico não precisa resultar em uma nota com acidentes, como o Mi para o Fá e do Si para o Dó.
Isso acontece porque tanto das notas Mi para o Fá, quanto do Si para o Dó já existe um semitom por natureza. Ou seja, não existem outras notas entre elas.
Por outro lado, entre as notas Dó e Ré, Ré e Mi, Fá e Sol, Sol e Lá e Lá e Si temos um intervalo de um tom. Isso acontece porque, nesses casos, existe uma nota no meio delas.
Enarmonia
A enarmonia é um termo da teoria musical que se refere a duas notas, dois acordes ou duas escalas que possuem nomes diferentes, mas produzem o mesmo som.
O conhecimento do conceito de enarmonia é fundamental para assimilar melhor o que é tom e semitom.
Lembra quando falamos que para escrever uma escala não cromática não se usam duas notas com o mesmo nome?
Pois bem, vimos como exemplo as escalas maiores de Fá# e Solb. Na verdade, essa é uma única escala.
São as mesmas sete notas musicais, só que na escala maior de Fá# elas têm um nome diferente do que na escala maior de Solb. No entanto, são duas escalas com o mesmo som.
Na escrita teórica, há casos em que se faz necessário o uso de semitons diatônicos, por exemplo, na formação das próprias escalas diatônicas.
Por outro lado, existem situações em que se opta pelo semitom cromático. Por exemplo, nos penta-blues e nas próprias escalas cromáticas.
Entendendo o tom
Lembra quando falamos que das notas Dó para Ré, Ré para Mi, Fá para Sol, Sol para Lá e Lá para Si temos um tom de intervalo? Precisamos frisar que também temos intervalos de um tom com acidentes.
Por exemplo, de Dó# para Ré# acontece um intervalo de um tom, pois entre essas duas notas existe outra nota, o Ré. Portanto, temos a somatória do semitom de Dó# para Ré, mais o semitom de Ré para Ré#.
Por fim, existem intervalos de um tom onde apenas uma das notas é acidentada. Por exemplo, da nota Mi para o Fa#, pois entre elas temos a nota Fá.
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Carlos de Oliveira
Redator Web com especialização em SEO e escrita para blogs e redes sociais. Estrategista de conteúdo. Músico, compositor e colecionador de LPs, CDs e DVDs. Toca guitarra, violão, baixo, teclado, piano e bateria. Escreve para o Cifra Club desde abril de 2022.