Arpejos são as notas de um acorde tocadas uma após a outra, em vez de simultaneamente, sendo executadas de forma melódica.

O estudo de arpejos é tão importante quanto o de aprender novos acordes. Por isso, vamos te explicar o que é arpejo. Bora entender mais sobre o assunto? 🙂

Aprenda o que é arpejo na música

Para esclarecer melhor o que é arpejo, podemos dizer que quando tocamos todas as notas de um acorde ao mesmo tempo, estamos tocando um determinado acorde.

Por outro lado, quando tocamos as notas de um acorde sequencialmente, ou seja, uma de cada vez, estamos arpejando o acorde.

E para que serve um arpejo? Geralmente, para que uma progressão de acordes seja tocada ou expressada de uma forma melódica.

É preciso ter um conhecimento teórico sobre alguns tópicos. Assim, o primeiro conceito a estudarmos são as tríades e as tétrades.

Tríades

Os acordes formados por um grupo de três notas são conhecidos como tríades. 

Para obtermos a tríade, precisamos fazer algo que se chama sobreposição de terças para cada nota de uma escala musical.

Por exemplo, vamos fazer a sobreposição de terças para as notas da escala maior natural de Dó.

A partir da nota fundamental Dó, sobrepomos sua terça, a nota Mi. Agora, sobrepomos ao Mi a sua terça, sendo a nota Sol.

Assim sendo, temos a tríade Dó – Mi – Sol, que forma o acorde de C.

Portanto, são essas três notas que vamos tocar uma após a outra quando estivermos fazendo um arpejo no acorde de C.

Tétrades

Uma tétrade é um acorde formado por um grupo de quatro notas. Para formá-la, usamos o mesmo raciocínio da sobreposição de terças: sobrepor a terça da quinta de uma tétrade.

Em outras palavras, peguemos a tríade que forma o acorde de C: as notas Dó – Mi – Sol. Agora, vamos sobrepor a terça da nota Sol, sendo o Si.

Dessa forma, chegamos à tétrade Dó – Mi- Sol – Si, formando o acorde de C7M. São essas quatro notas que tocamos sucessivamente para arpejar o acorde de C7M.

Principais tipos de arpejos

Para entendermos sobre arpejo, precisamos conhecer suas variações. Para isso, trouxemos alguns exemplos de como tocar.

Arpejo conjunto

Quando tocamos as notas de um acorde em sequência temos um arpejo conjunto — seja da mais grave para a mais aguda e vice-versa. A introdução de Nothing Else Matters, do Metallica, é um exemplo.

Arpejo disjunto

As notas de um acorde não precisam ser tocadas uma após a outra em ordem como no arpejo conjunto, elas podem apenas não seguir um padrão.

Os intervalos entre as notas podem ser de quinta, sétima ou oitava, podendo as notas serem tocadas com saltos maiores.

Nesse caso, temos um arpejo disjunto e como exemplo podemos citar Étude Op 10 No. 1, de Chopin.

Arpejo ascendente

O arpejo ascendente começa em uma nota grave e acaba em uma aguda. Contudo, ele pode ser também tanto conjunto como disjunto.

Um bom exemplo de arpejos ascendentes é a introdução de Tempo Perdido, do Legião Urbana.

Arpejo descendente

Este tipo é exatamente o contrário do anterior: ele começa em uma nota aguda e termina em uma grave. A música Clocks, do Coldplay, se encaixa nesse tipo.

Arpejo simples

Quando as notas de um acorde são arpejadas dentro da mesma oitava, temos um arpejo simples. Don’t Think Twice, It’ s All Right, do Bob Dylan, está nessa classificação.

Arpejo composto

Quando o arpejo explora notas de oitavas diferentes, ele é chamado de composto. Dust In The Wind, do Kansas, é um exemplo.

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