A escala cromática é aquela com o maior número de notas (13), todas separadas por intervalos de semitom.

Quem estuda algum instrumento musical há mais tempo já sabe que existem vários tipos de escalas musicais, sendo a cromática uma das menos comentadas.

Quer aprender o que é escala cromática? Então, continue com a gente. 🙂

O que é escala cromática? Aprenda tudo sobre

A escala cromática é formada por 13 notas, separadas por 12 intervalos de semitom. Como exemplo, vamos usar a escala maior natural de Dó.

Ao inserirmos as 5 notas musicais existentes entre aquelas que têm o intervalo de um tom, temos uma escala cromática.

A escala cromática de Dó acrescenta à escala maior natural de Dó todas as notas com acidentes: Dó#/Reb, Ré#/Mib, Fá#/Solb, Sol#/Láb e Lá#/Sib.

Isso significa que a escala cromática é formada pelas 12 notas musicais existentes na música ocidental, ou seja, todas as notas do sistema temperado.

Ela é formada pelas 7 notas padrão da escala diatônica acrescidas das 5 notas localizadas entre as que têm um tom de intervalo.

Diferenças de escrita

Apesar de ser formada por todas as notas da música ocidental, é preciso ter muito cuidado na hora de escrever e ler a escala cromática na partitura.

Isso acontece porque temos duas formas de escrita da escala cromática: a ascendente e a descendente.

Na forma ascendente, quando a escala vai do grave para o agudo, a escala cromática é escrita usando o sinal de sustenido (#) nas notas com acidentes.

Já na forma descendente, quando a escala vai do agudo para o grave, a escala cromática é escrita com o sinal de bemol (b).

Dessa forma, são respeitadas as enarmonias — notas que têm nomes diferentes representando o mesmo som.

Por exemplo, Dó sustenido e Ré bemol são a mesma nota, possuem o mesmo som, mas com nomes e grafias diferentes.

Tonalidades

No geral, a escala cromática não tem tonalidade. Contudo, podemos manter a relação dos 12 semitons cromáticos em uma tonalidade maior ou menor.

O raciocínio de adicionar semitons entre duas notas da escala maior natural, como vimos em Dó, também pode ser usado em Ré:

Repare que as notas que recebem acidentes na escala maior permanecem acidentadas, mas foram adicionados semitons cromáticos. Por isso aparecem as notas Mi# e Si#, pois na escala ascendente já existem Fa# e Dó#.

Também podemos adicionar semitons cromáticos em uma escala cuja tonalidade tenha algum acidente. Por exemplo o Mib:

Perceba que foi preciso usarmos os Si dobrado bemol Sibb, pois a nota Lá já é um semitom ascendente.

Logo, o semitom descendente tem que ser uma nota enarmônica que se mantenha em intervalo de semitom entre o Láb e o Sib, que são notas dentro da escala maior.

Como visualizar a escala cromática

Da mesma forma que outras escalas musicais, cada instrumento mostra a cromática de um jeito diferente.

Por exemplo, a de Dó no teclado começa na tecla branca Dó — aquela que não tem tecla preta entre ela e a tecla branca anterior, precedida por duas teclas pretas. A que está entre o Dó e o Ré, e a tecla preta entre o Ré e o Mi:

Na guitarra, no violão e no baixo, cada corda é uma escala cromática. A sexta corda da guitarra e do violão, o mizão, que é a quarta corda do baixo.

Nelas, temos a de Mi. Basta tocarmos da corda solta até a décima primeira casa, na sequência:

• Corda Solta     Mi
• Casa 1             Fá
• Casa 2             Fá#
• Casa 3             Sol
• Casa 4             Sol#
• Casa 5             Lá
• Casa 6             Lá#
• Casa 7             Si
• Casa 8             Dó
• Casa 9             Dó#
• Casa 10           Ré
• Casa 11           Ré#

Ao repetir esse raciocínio nas outras cordas, temos as escalas cromáticas de Lá, Ré e Sol no baixo, com a de Si na guitarra e no violão.

Aplicação na música

Quando usamos uma escala cromática, é comum nos referirmos a essa prática com o termo cromatismo.

Contudo, é incomum uma música utilizar a escala cromática completa. O normal é aparecer pequenos trechos cromáticos, criando uma sensação de notas de passagem cuja duração costuma ser curta.

Como exemplo, temos o riff inicial da música The Phantom Of The Opera, de Andrew Lloyd Webber.

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