E foi assim, tão der repente, que decidi que era hora de me acalmar
E anotar mas só na mente, o que a visão já exausta não aguenta mais mostrar
E de todas as notas que eu preparei, em todos os planos que trabalhei
Por um adeus, nada valente, minha convicção talvez o tempo prescreveu
Hoje eu acordei e vários buracos eu preparei
Porque me decidi e agora é pra valer, passou da hora de eu tanto me enganar
E não vou dormir sem terminar, o trabalho que o meu futuro irá salvar
E foi assim, tão der repente que enterrei tanta gente
Não me implora, não é hora, a Terra já vou despejar
Pois foi igual quando tu quis me descartar
Frio, calculista, eu nem vi a pá chegar
De meu amor para um coveiro vi se transformar
Se liga nessa história, minha mão ficou pra fora
Não, não é vingança, e sim auto cobrança
Não posso mais me enganar, nosso futuro nunca existirá
Então voltei e criei um novo ditado
Antes só do que mal enterrado
Hoje eu acordei e vários buracos eu preparei
Porque me decidi e agora é pra valer, passou da hora de eu tanto me enganar
E não vou dormir sem terminar, o trabalho que o meu futuro irá salvar
E foi assim, tão der repente que enterrei tanta gente
Tantos lugares, coisas, presentes, ilusões que a sete palmos devem descansar
Primeiro, nossas memórias
Segundo, as suas glórias
Terceiro, o primeiro olhar
Quarto, nosso lugar
Quinto, sua partida
Sexto, a minha dor
E em sétimo, a esperança, ops, nessa cova eu vou caprichar
Hoje eu acordei e vários buracos eu preparei
Porque me decidi e agora é pra valer, passou da hora de eu tanto me enganar
E não vou dormir sem terminar, o trabalho que o meu futuro irá salvar
E foi assim, tão der repente que enterrei tanta gente
Tantos lugares, coisas, presentes, ilusões que a sete palmos devem descansar
Só não esqueçam o novo ditado
Antes só que do mal enterrado