Eu saí lá do sertão Com orgulho e valentia Pra falar do meu Nordeste Terra de sabedoria Aqui o Sol é queimando Mas a alma é poesia Da caatinga ao litoral Cada canto tem beleza O vaqueiro destemido A rendeira e a princesa São histórias que encantam Com coragem e com nobreza Tem forró na noite quente Tem sanfona a suspirar O triângulo e a zabumba Fazem o povo balançar Nordestino é resistência Nunca deixa de lutar Tem cordel, tem embolada Tem xaxado e baião Cabra macho de palavra Nunca fóge à precisão Seja chuva ou seja sêca Sempre estende a sua mão Tem cuscuz, tem rapadura Tem feijão e um bom café Tem aboio na estrada Cavalgando sem dar ré O Nordeste é fortaleza E quem duvida não tem fé Da Paraíba ao Ceará Do sertão ao Maranhão Nordestino é esperança É trabalho, é coração Com a bênção de Padim Ciço Nunca falta devoção Que essa trova seja brasa Feito um fogo a iluminar Viva o povo nordestino Que merece prosperar E que nunca falte força Pra seguir e pra sonhar