Vinte e uma estrelas gravadas no peito Com todo respeito Meu nome é Portela A Majestade, celeiro de bambas! Cantando a Capital do Samba Lá… Onde o samba faz morada Lá… Encontrei o meu lugar Um manto azul e branco em fantasia Riscando todo o chão de poesia Por tão rara beleza o meu coração Se deixou levar Viajo pelos trilhos do passado De novo o coração bate apressado Lembrando a minha escola a desfilar E o povo a cantar Naquela batucada brasileira De Paulo Benjamim de Oliveira Ao longe ouço o som de um tambor Quando alguém anunciou Madureira… Num jardim de poesia a fina flor Dos malandros e mulatas Do Mercado à boêmia A minha eterna mania de amor Teatro, cinema Tem jongo á luz do luar Bom futebol, cerveja no bar Um charme pra gente dançar Na fé dos meus Orixás Seguindo caminhos de paz De um povo que tem a alma guerreira E leva o samba na veia Império de poetas imortais Não posso conter a emoção Orgulho que sinto ao pisar nesse chão Ah meu lugar! difícil é saber terminar