Blues da solidão (Vinicius Castro) Eu quero a força do equilibrista do sinal Eu quero o dedo e o pincel Dos pintores da central E a esperança de todo ator sem camarim Eu quero o medo e o segredo De todos botequins Eu quero a ambição sem fim Desses artistas sem futuro Eu quero tudo só pra mim Eu quero a alma de um cantor de bar vazio Que insiste em cantar Eu quero a alma de um cantor de bar vazio Que insiste em cantar Eu quero a sina desses poetas de esquina Eu quero os versos e os quartetos Dos sonetos da menina E os desenhos, caricaturas de verdade Eu quero o dom do desenhista Lá do centro da cidade Eu quero a solidão sem fim Desses artistas sem futuro Eu quero tudo só pra mim Eu quero a alma de um cantor de bar vazio Que insiste em cantar Eu quero a alma de um cantor de bar vazio Que insiste em cantar