Ao relento, sinto que sobrevivi Na aridez de um seco coração Sangrando a nostalgia, sinto que sobrevivi Em preces em vias de oração Aos deuses do luar Que me fazem cantar Aos deuses do sertão A tempo, sempre ali Contemplo a solidão De um abraço sigo a procissão Eu entrego a Deus Eu entrego a Deus E ao mar de Xaraés Ao pântano, sinto que sobrevivi Do antigo templo à saudação Idílio operante e sempre ali A poesia do mato não para não Marcando o boi a ferro Aparto a solidão Entoando os cânticos em procissão Eu entrego a Deus Eu entrego a Deus E ao mar de Xaraés