Ouve o telejornal eles falam de uma nova doença Vá ao médico antes que esta doença trace a tua sentença Empanturra-te medicamento prepara o teu intoxicamento Dá sustento a indústria farmacêutica e ao teu apodrecimento Come bem, faz desporto serás saudável Serás inquebrável e o teu corpo inabalável, ouve O telejornal eles falam de outro atentado Terroristas islamista vê se ficas aterrizados Dá-lhes intimidade para invadirem o teu país Fazerem mais baixas civis pra irem atrás dos barris, ouve O telejornal eles falam dos anarquistas Com se fossem tresloucados, alucinados extremistas Sente medo deles, sente medo da mudança E continua a votar naqueles em que não tens confiança Vota nos partidos de sempre, votas em esperança E mantém esse regime de iniquidade e insegurança E quando sentes medo precisas de protecção Precisas de orientação e nem contestas a liderança Segues os gajos de olhos vendados como um rebanho Anestesiado bestificado ferrenho É o conhecimento que destrói o medo E destrói os enredos que a mentira constrói Investiga, procura e pesquisa Só és livre quando matas o medo que te escraviza Medo! Sente o medo Medo! Sente o medo Medo! Sente o medo A mais belas das farsas, é incutir o medo À população em declínio e ter domínio sobre as massas De segurança ao desespero desse rebanho cego Pelo bem-estar vai da poupança ao exagero É crimes em demasia, mas sempre escassa a culpa Tempo de crise e a polícia, faz caça a multa Até a mentira nos soa a verdade absoluta Políticos sem rosto, porque isto é face oculta E tens a vida sobre escuta, sem liberdade Fodem-te como querem e lhes apetece modo kamasutra É como a noite branca, tudo se faz as claras Reverso da moeda chibos têm duas caras Da justiça aos tribunais, que nunca veem dinheiro sujo cada vez que se branqueiam capitais Vítimas e marginais, mas quando os inocentes pagam apenas são danos colaterais Medo! Sente o medo Medo! Sente o medo Medo! Sente o medo Essa é uma carta para o novo Rei Escócia O Rei é novo e precisa ser informado Sobre a situação Por isso meu Rei, escuta Escuta Não precisas de alucinagénicas gramas de canábis Pa’ experimentar as paranoias da vida das cidades Onde os ladrões é que fazem a oportunidade É maior crise na bolsa valores da humanidade A mentira que só os reclusos é que vivem atrás das grades Celas domiciliárias guardam pessoas e propriedades Não se confiam em bufos com crise de identidade Polícias de mentira, são gangsters de verdade Nesta guerra sem quartel todos querem como troféu Cabeças de presidentes em bandejas de papel Benjamim Franklim e Samora Machel Dólares da FMI e meticais da Frel E nas orações em nome de lucro Clínicas pedem vidas, funerárias pedem luto Bancos pedem dívida e igrejas pedem tudo E os políticos pedem o poder absoluto Justiça? Irmãos, não é coisa que se peça Recusam-vos o pedido e ainda pedem a cabeça (de quem?) Do cabeça da manifestação Armas-te em ikonoclásta, bro acabas na prisão Ou então, nas filas do desemprego Paras de apontar o dedo, quando te enfiam o dedo Mas toda gente sabe isso aqui já não é segredo É assim que acontece por isso sente medo Medo! Sente o medo Medo! Sente o medo Medo! Sente o medo