Asfalto Jornais explodem em sangue Vomitam noticias velhas Os olhos indiferentes das vitrines Ninguém ousa mais falar Todos venderam seus sonhos Para o dono do supermercado Na minha cidade tem flores Mas os olhos das pessoas São duros como pedras, As pessoas são duros como pedras Nenhuma voz discordante dissonante E eu de social no estrangeiro Sem bilhete d entrada eu escuto Das escadarias do teatro Fragmentos de uma ópera, alucinada Sem código sem discurso Eu volto pra rua Ouço a sinfonia d automóveis, Na rua ouço a sinfonia d automóveis E como ultimo grito, ultimo grito Escrevo o meu poema no asfalto