Pode chover Pode fazer sol Eu estando com você Me derreto no forró Eu sei que a seca castiga o nordeste É a sede, é a peste, é a falta de pão A mulher chorando com pena do filho É o sol com o seu brilho a queimar no chão A chuva caindo e alagando tudo Eu me faço de luto se não é pior Vou levando a vida, onde a gente se bole No ronco do fole dançando forró O sapo contente canta no riacho E o cabra que é macho não reclama não Enfrentam a seca com muita esperança Não chora, não cansa, de calo na mão A chuva parece ele então se anima Da a volta por cima sacudindo o pó Embora se afogue no meio das águas Desaba suas magoas dançando forró