Você fala de um tempo que os jovens de hoje eu sei não conhecem Montmartre amanhecia E os lilases cresciam naquela janela E seu ninho de amor Da bela e do pintor era um simples abrigo Foi lá que se encontraram Ele acreditava e ela se entregou La bohème, la bohème, ça voulait dire on est heureux La bohème, la bohème Nous ne mangions qu'un jour sur deux E no café da esquina uma só esperança Encontrar a Gloria Mesmo sem ser ninguém, mesmo sem um vintém Era uma bela história E naquele bistrô Uma sopa chegava em troca de uma tela Preenche o vazio Recitando versos e esquecia o frio La bohème, la bohème, ça voulait dire tu es jolie La bohème, la bohème, et nous avions tous du génie Quanto tempo passou As horas nem contou dessas noites em claro A desenhar o amor A retocar a cor de tudo que viveram E só de manhazinha Sentavam enfim pra tomar um café Cansados, mas felizes Nada além dos dois pro que der e vier La bohème, la bohème, ça voulait dire on a 20 ans La bohème, la bohème, et nous vivions de l'air du temps Quando o a caso lhe faz Voltar mais uma vez ao antigo endereço Não reconhece mais, nem ruas Nem quintais que viram seu começo Tenta reviver, procura o atelier Onde mais nada existe Sem flores nos murais Montmartre hoje é triste Nem mais um lilás La bohème, la bohème, on était jeunes, on était fous La bohème, la bohème, ça ne veut plus rien dire du tout