Nestes versos tão singelos Minha bela, meu amor Pra mecê quero contar O meu sofrer, a minha dor Eu sou como o sabiá Que quando canta é só tristeza Desde o galho onde ele está Nesta viola eu canto e gemo de verdade Cada toada representa uma saudade Eu nasci naquela serra Num ranchinho a beira-chão Tudo cheio de buraco A'donde a Lua faz clarão Quando chega a madrugada Lá no mato a passarada Principia o barulhão Nesta viola eu canto e gemo de verdade Cada toada representa uma saudade E o choro que vai caindo Devagar vai-se sumindo Como as águas vai pro mar