Deixei distante a família Pra vir à Brasília, Senhor Presidente Conduzido por um tema De um sério problema Que acaba com a gente Minha bagagem é o fracasso Mas trago um abraço Dos amigos meus Deixei toda a santaiada E fiz a jornada Pra falar com Deus Por não marcar audiência Com sua Excelência, Se eu for barrado Alguns dos seus constituintes Que são meus ouvintes Transmita o recado Não peço terra de graça Mas que algo faça Pra isso que venho Por uma ajuda de custo Não sei se é justo Perder o que tenho Quando eu colhi meu café Eu pensei até Em ser um bom começo Mas como foi tabelado Eu fui obrigado Avender no seu preço Somente as terras que haviam Dei por garantia No financiamento Foi quando veio a geada E na área plantada Colhi dez por cento O Banco quer minhas terra Já tombei na guerra Na luta roceira Para salvar meu futuro É que senhor procuro Por minha trincheira Mesmo o gerente do Banco Mostrava ser franco E meu grande amigo Com esta queda maldita Agora ele evita De falar comigo Minha herança da roça É essa mão grossa Que trago por prova Creio Senhor Presidente Ser eficiente À República Nova Pensava em ser tão feliz De tudo eu fiz Pra não perder o nome Mas a minha fé me alicerça Com essa conversa Aos pés do homem