Aquilo que eu sinto medo de sentir Se é o próprio medo, cedo há de sumir Mas se é o não querer em si, pode paralisar Se é mesmo só o medo, (eu) cedo, em seu favor Espaço no meu desenredo, e rego a flor Pra que, no outro, só o amor possa desabrochar Noutro sentido, sentindo abrigo Num peito amigo se ressignificar Nutre os sentidos, transcende o umbigo Serve de trigo pra realimentar Outro ser, outro crer, outro olhar E quando vejo tudo, junto, a fluir O que era frágil em mim, no outro refletir Como uma força sem igual, e o mal erradicar Percebo que até mesmo o erro, o medo e a dor Carregam no fundo de si, outro sabor E basta remexer pra ver tudo se remoldar Um fio solto toca o outro E cria um ponto pra te conectar Se me desmonto, me reencontro E fico pronto pra me reinventar Renascer, transcender, transformar