Ei, pode me ouvir? O som das minhas palavras se mutaram Enquanto mudaram-me Eu disse: Ei, queria sentir Um pouco daquele pouco que restou Antes de partir Me perdi quando te perdi Mesmo tentando encontrar Me prendi me libertando Num inferno particular E aos poucos fui me moldando Tentando não me afogar Da janela vejo o riso que já não mais está lá Me perdi quando te perdi Mesmo tentando encontrar Me prendi me libertando Num inferno particular E aos poucos fui me moldando Tentando não me afogar No mar que há dentro do meu olhar A maré cheia chega E faz tudo transbordar Tentei te fazer ficar aqui Com os meus dedos senti O frio que me disse Não, não vai rolar Me vi condenado a um lugar Que eles chamam de inferno particular Não, não, não, não, não, não Não vai parar São tantos cantos em meus cantos pra mudar (Inferno particular) Não, não, não, não, não Não vai se entregar Continuo tentando até acertar (não vai se entregar) E de falha em falha, aprendo a melhorar (não vai se entregar) E nessa odisseia eu transmuto o pesar