Quando me espanto é o fim da noite Nos telhados luz de prata já morreu Camisa rosa, aberto o peito Aos tropeços Viola muda lá vou eu Em seu corpo me lançar Abro a porta Você dorme Eu anseio Você sonha Um cheirinho Um soluço Você cala pra não me dizer Um: Olá! Esperei por você, amor Eu me deito Você acorda Anoiteço Você escapa Deixa a cama Eu me encolho Você enrola meus pés no lençol Sai pra briga nem bem pinta o Sol A nossa história se resume Nessa rima sempre igual E a gente vai levando Pra não ter ponto final Da batalha retorna pro lar Abre a porta, nem se importa De mansinho fui sonhar E fica tudo em desencontro Na rotina sempre igual E a gente vai levando Na aparência do normal Você trama um outro destino Pra mudar minha conduta De poeta e de menino