Ouvi de ekedjis e babás, alabês e iyás Palavras que o vento carregou Itan, ritual, sabedoria a oralidade preservou Epa Babá, adornado em prata e marfim Pedras preciosas e caurins A majestade de Ifon Bate o cajado na terra, consulta Babalaô Recebe o aviso dos odús O seu destino é traçado, parte em visita a Xangô Se nega a agradar Exú Quem lhe deve, paga, há de pagar! Se com ele falha, logo vai lembrar Dono do caminho, em toda jornada Sem Exú não se pode fazer nada Vinho, carvão, sal e dendê Resiliente, Oxalá carregou Marcado por suas quizilas Alvura das vestes se maculou Nas cercanias de Òyó Julgado pela aparência O castigo chega a galope Sete anos de penitência O alvará, Xangô quem traz Injustiça se desfaz, bonança pro seu povo Que veste branco à sombra do alá Vem purificar Opaxorô reluz um tempo novo Ómi Tútú ao Olúfon Na Leopoldina, segue a procissão A Imperatriz prepara o terreiro Baiana perfuma com água de cheiro Traz flores brancas, canjica e acaçá Derrama axé nas águas de Oxalá!