É castra a cunhã-porã Luz dos olhos de Tupã Beleza traçada à pincel Exuberante guerreira Joia da flecha certeira É Iracema dos lábios de mel Cari, se rende ao sorriso de jati Se encantou a nativa no colonizador Araquém bate na terra, tribos em guerra O romance traz o medo De se desvendar o segredo Auê, auê, se veste de palha e põe o cocar Auê, Auê, bebida na cuia, maraca tocar É juremê, é Jurema, é lua cheia Canto e dança, pajelança, na aldeia E fez-se a luz, é mameluco, é mistura de matiz Raça sem igual, criou raiz Saudade, a índia matreira Se faz presente, no canto sublime, em cada palmeira O canto da Jandaia é revelador, traduz o amor em poema O canto da jandaia revela a dor É lindo amor de Iracema Gira o pavilhão, o olhar se derreteu Vermelho Tabajara e o branco europeu A tribo no samba, se veste de Bambas É acultura no apogeu