O pulso é o fiel da balança Empunhando a carneadeira, Rude e guapa companheira Para qualquer puxirão, Corta da ponta ao gavião, Cabo de pau falquejado, Com três pinos remachados Na empunhadura da mão. Só vendo com que destreza Sangra, coureia e desmancha. E segue pedindo cancha Na munheca do zé grande. (A experiência que comande No seu jeitão de carnear, Vai tirando o costilhar No estilo do rio grande.) bis Golpeia um gole daqueles De afugentar mau olhado, Avental ensanguentado Cheirando a chão de sangria, Tapado de judiaria, Vai coureando a própria vida, Chairando a alma na lida Pra retalhar mais um dia. E quem passar na glorinha, Bem logo ali, mais adiante, Vai conhecer um gigante Prestativo ao seu dispor, (Um gaúcho, sim senhor, Zé grande por apelido, Graças a Deus, bem vivido, Açougueiro e carneador.)