Briga Bonita

Teixeirinha

Composed by: Teixeirinha
Em Bagé nasceu uma moça 
Uma grande sanfoneira 
Rainha do desafio 
Trovadora brasileira 
Mas, quando eu soube da fama 
Eu dei um salto da cama 
E embarquei para a fronteira 

Embarcou para a fronteira 
Mas, por questão de um segundo 
Eu também tinha embarcado 
Pras bandas de Passo Fundo 
Pra provocar para uma rinha 
O famoso Teixeirinha 
Melhor trovador do mundo 
 
Melhor trovador do mundo 
É muita bondade sua 
Nós dois nos desencontramos 
Numa passagem da rua 
Mas, hoje na gravadora 
Encontrei com a professora 
Que não vai ver mais a lua 

Que não vai ver mais a lua 
Nos encontramos Teixeira 
Alô Rio Grande, Bagé 
Minha querida fronteira 
Escute o que eu digo aqui 
Eu não volto mais pra aí 
Se eu perder pra esta topeira 
 
Se eu perder pra esta topeira 
Proposta boa ela faz 
Alô Rio Grande, Passo Fundo 
Torrão que eu deixei pra trás 
Se eu perder pra essa moça 
Queime o rancho quebre a louça 
Que eu pra lá não volto mais 

Que eu pra lá não volto mais 
Então procura o assunto 
Agarra as tuas malas e vem 
Que eu saio brigando junto 
Hoje eu mato a minha sede 
Te encosto numa parede 
E já fabrico o defunto 
 
E já fabrica o defunto 
Quadro, corpo a bala passa 
Lhe dou uma surra de beijo 
Que é pra peleia ter graça 
Boto um prego em cada pé 
Depois vou lá em Bagé 
Termino com a tua raça 
 
Termina com a minha raça 
Eu sou de raça valente 
Se tu chegar em Bagé 
E matar a minha gente 
Eu faço tremer o mundo 
Entro lá em Passo Fundo 
Não fica um pra semente 
 
Não fica um pra semente 
Faço o mesmo na fronteira 
Na cidade do Planalto 
Passo Fundo tem trincheira 
Nunca perdeu uma guerra 
Gente lá da minha terra 
Não é raça morredeira 
 
Não é raça morredeira 
A minha também não é 
Deixemos as terras de lado 
Passo Fundo e Bagé 
Aqui na terra paulista 
Onde briga dois artistas 
Não nasce um pé de café 

Não nasce um pé de café 
Nem um pé de amendoim 
Terá duas cruzes fincadas 
Escrito um letreiro assim 
Aqui morreu dois gaúchos 
E aonde queimou cartucho 
Também não nasce capim 

Também não nasce capim 
O sangue forma vertente 
O letreiro da minha cruz 
Tem que ser o mais decente 
Tombou uma riograndense 
Gauchinha bagiense 
Da terra do presidente 
 
Da terra do presidente 
Governa o Brasil gigante 
Vai chorar o Brasil por nós 
Aqui na terra bandeirante 
Nas duas cruzes de marfim 
Quem vai chorar mais por mim 
É o seu Flávio Cavalcante 
 
É o seu Flávio Cavalcante 
O Teixeirinha é um pão 
Agora eu ressuscitei 
E vou te arrancar do fundo 
Anunciando o teu enterro 
Dentro do meu coração 

Dentro do meu coração 
Menina da alma pura 
Da terra voltei pros braços 
Da mais linda criatura 
Vai parar nação inteira 
Pra ver as duas caveiras 
Que voltou da sepultura
Page 1 / 1

Lyrics and title
Chords and artist

reset settings
OK