Agora fica aqui Tchelo Já pensou se a gente vai embora, e você nem tenta? Doeu o que? Nada Machucou o que? Nada Caiu? Não Alguém te ajudou? Alguém te ajudou? Não Cê teve que confiar só em quem? Em mim mesmo E quando você fala que tá com medo, que não consegue Você não tá confiando em quem? Em mim Poxa, e se eu que não sou você, acredito que você consegue Imagina você mesmo, cê tem que começar a confiar mais em você Nasci com um tipo de dom indomável Nasci com um tipo de paz enrustida Cansei de falar que tá tudo bem, tô num debate com a minha memória A cobrança deles é contraditória Minha sede de vingança não vai embora Trancafiado no meu passado Solidão me evita, burocracia No meu quarto lapidando versos, talvez oito linhas mudem minha vida Parafraseio uma carabina Manos queimando igual calorias Eu tô disposto a pagar o preço Amadurecimento te traz ferida De um barraquinho pra um palácio Eu sou mesmo mano, sem vaidade Julgam minhas atitudes como se eu não tivesse exercendo a reciprocidade Seu ego tampando seu olho, tá te conduzindo a fugir da verdade Na quebrada, do que vale seu hype, sua roupa, seu tênis, e o seu mastercard? Manos brincam com calúnias Doenças odeiam curas E eu ainda tenho tantas perguntas Eu mereço tudo aquilo que eu tenho Minhas lágrimas são minhas testemunhas Brincando de matemática Minha ética nunca vai fadigar Ele sempre será bom na lábia, teoria, não na prática Não sou só mais um mano na prateleira Eu cago pro ataque, eu tenho minha defesa E eu tô roubando a cena Protagonizo mesmo que eu não queira Do seu empresário você é um chaveiro Roubem minha linha, eu finjo que não vejo Esse mano ele é um pobre Tão pobre que só tem dinheiro A minha vó me ensinou bem cedo Aprendendo desde o começo O dinheiro vai matar sua fome Mas nunca vai matar o vazio aí dentro Nesse quesito outro departamento Nesse quesito tanto sentimento E se algum dia eu fui feliz sem a minha fé Eu confesso, hoje eu já nem lembro Hoje eu já nem quero Hoje eu já nem lembro Hoje eu já nem quero Hoje eu já nem lembro