Os olhos que me seguem Pra onde eu vou Cada passo, cada ato Que faço ou dou Esses olhos me seguindo Não sei tão bem Mas espero não ser maluco Se eu pergunto se tu tá vendo também Tu responde que: O quê? Eu me perdi, enlouqueci Ou o universo quer dizer pra mim Faz isso assim Não tá tão bom Falta talento, esforço e um certo tom Eles observam cada passo Falso, faço, fácil de julgar que eu falho e caio E temo, se isso não acabar com o tempo Acabo eu comigo mesmo Já me rendo e entro dentro Um triste fim pra um mal começo Não tem pra que ser parte do sistema Se outra parte do sistema me vê morrer Ser solução se não existe um problema O colírio para os olhos que querem ver eu ser Olho em cada esquina E eles seguem lentamente Pela rua, viela Casa e quarto, olham tudo sem parar Olho em cada esquina E eles seguem lentamente Pela rua, viela Casa e quarto, julgam sem parar Ah, se eu pudesse só sumir Eu iria Ah, se eu pudesse só fugir Desses olhos Pra desopilar Escrevi linhas nos meus braços pra acalmar O medo intrínseco na alma a amalgamar Dizem que mil palavras não dão um olhar E que a verdade seja dita, escrita Quanto mais deles surgem na minha vida intensifica Não quero mais dormir, jogar, estudar Que diga: Esse dai já tá perdido Então nem liga Se esses olhares não queimassem Até que eu tentaria uma saída breve como deve Ou pula dai, ou grita! Se um dia eles pararem de julgar pelas minhas costas Provavelmente vão julgar de cima Olho em cada esquina E eles seguem lentamente Pela rua, viela Casa e quarto, olham tudo sem parar Olho em cada esquina E eles seguem lentamente Pela rua, viela Casa e quarto, julgam sem parar Ah, se eu pudesse só sumir Eu iria Ah, se eu pudesse só fugir Desses olhos Se eu pudesse só sumir Eu iria Se eu pudesse só fugir Desses olhos