No silêncio remanso das marés Uma bela tapuia a se banhar Seu cabelo negro de boiúna Sangrou a foz do rio-mar Em sua igara remando imponente A força do vento espalhou seu cantar A mãe natureza calou de repente Ao ver a Iara na luz do luar Na cuia pitinga ela preparou Penachos de arara pro seu maracá O fumo da mata ela consagrou Em serpente mulher veio se transformar As águas profundas do tapajós Guardam segredos há se revelar O rito ancestral do povo Borarí Que a bela tapuia vem nos encantar