Queria uma casinha no alto do morro Onde a tristeza não pudesse alcançar Com muitos amigos e gente bacana Tapinha nas costas e caldo de cana Não sei o que existe de tão importante Fingir pra todo mundo que está tudo bem A lua de prata no alto do morro Que brilha pra todos, não é de ninguém Ah, a noite está tão bela E eu tenho um violão Daqui de cima, tudo é tão pequeno E lá em baixo as coisas acontecem feito um furacão E a minha casinha pintada de cinza Rasgou-se como frágil folha de papel Do sonho acordo com água na cara Estou na rua porque não paguei aluguel A vida é estranha porque perde a graça Quando se consegue o que não era seu Tapinhas nas costas são porradas na cara Não tem importância se você já morreu