De vez em sempre eu me pergunto O que eu quero da vida Na solidão ninguém por perto Mano, eu quero a vida Não é a metade, eu quero inteira Não resta saída O otimismo é uma prisão Só que eu tenho ainda Sinceramente eu não deixo ninguém falar por mim Sigo botando pra fuder Eu fumo meus problemas com maconha no finin O cheiro eu deixo perceber Mas, eu Nunca perco a postura Nessa vida selvagem Eu encontro minha cura Numa eterna viagem Eu sei que Deus nos fez Mas nos fez de passagem Conheço quem nunca jogou Mas quer massagem Ela sempre diz que eu não sou como antes Que meu coração já não é quente o bastante E que eu só penso Nessa porra de trabalho Mas vou acabar Com o ego gigante Essa porra não presta Essa merda não presta, mano Sigo perdido nos próprios planos De teorias e pessoas Que só me enganaram com O passar dos anos Vejo poeira debaixo dos panos Lembro de alguns me pego rezando O inimigo que tentou aqui Mexeu com meus cria e ficou pegadão É a certeza que Eu vejo assim Evitando essa calma Curtindo o vulcão Eles tentam me destruir Da tapa nas costas Diz satisfação Se não deixar Eu vou invadir com dois pés na Porta e vau sentir a pressão E depois desse beck Eu tô high Tô high Tô high Tô high Não caio em armadilha Já não volto atrás O que eu faço tem valor Não preço A neurose tem o mesmo endereço Lá do começo O que mudou? É que agora Com ela enriqueço Droga girando na terça Lucro espalhado na mesa Vida virada as avessas Eu mermo viro minha presa Melhor amigo da pressa Fico com o pouco que resta Fácil fazer virar festa Sempre me inspiro na queda A boa sorte me entrega Dúvidas sempre me apego São cicatrizes na pele Ela sempre me diz que Eu não sou como antes Ganhei dinheiro tudo Muda até o semblante É preciso fazer bem mais Que o necessário Pra que a minha cabeça Não desande