Nestes versos tão singelos Minha bela Meu amor Pra você quero contar o meu sofrer E a minha dor Sou igual ao sabiá Quando canta é só tristeza Desde o galho onde está Nesta viola, canto e gemo de verdade Cada toada representa uma saudade Eu nasci naquela serra Num ranchinho beira-chão Todo cheio de buraco Onde a lua fez clarão Quando chega a madrugada Lá no mato a passarada Principia um barulhão Nesta viola, canto e gemo de verdade Cada toada representa uma saudade Lá no mato tudo é triste Desde o jeito de falar Pois o jeca quando canta Da vontade de chorar E o choro vai caindo Devagar vai se sumindo Como as águas vão pro mar...