Mesmo que a fonte seque E a inspiração se esconda Ou passeie na esquina Suma ao fazer sua ronda Quero a música na alma E a canção no coração Mesmo que o poema Seja curto e seco E o verso aluda À dor, à aridez Quero ter no peito, a rima Que remete para cima E retorna em energia de inspiração Quero olhar o horizonte E enxergar, de novo, a fonte Que me fez deitar primeiro Em rede de paixões Derramar alívio nos escritos tantos Que fazem do poeta ilusionista Em mágicas de um mundo encantador Quero, ao ver o declinar do sol da vida, O despejar de versos em expressões tão surreais Que seja, para muitos, colo certo, desabafo Sintonia, expressão, canção e mutação