Senhor, eu sou mendigo à tua porta Quando se esgueira a noite e a luz acaba Venho clamar por ti, bater a aldraba Na penumbra da noite quase morta Eu trago a mão vazia a vida torta Ave ferida em tempestade braba Mas sou teu filho e grito forte: Abba! A paz me abraça e nada mais me importa Não preciso de bons antecedentes Não vês minhas feridas repelentes Nem o sangue a correr de meus emplastros É que um pai tem carinhos para o filho Sabe cobrir de beijos o andarilho Não deixa um filho seu andar de rastros!