Nascer do alto, no mais fundo espanto Cegado pela Luz que tudo aclara E mergulhar no Azeite que me sara E as lágrimas adoça do meu pranto Nascer do alto é renascer, enquanto Cessa a angústia mortal que me afogara E o deserto areal se faz seara Fertilizado pelo Orvalho santo Nascer do alto é respirar na alma O sopro suave dessa Brisa calma Que não se cansa nunca de soprar E, abrindo mão de todas as certezas Ser arrastado pelas Correntezas Até o azul de um infinito mar