Inda se vê no céu a estrela matutina A despedir seus raios sobre Nazaré E já trabalha e sua nosso bom José Um tanto de ferreiro, um tanto carapina Inda é bem cedo, o galo da manhã clarina Convida o burgo pobre a se postar de pé Fina fumaça esfuma o céu, da chaminé Da casa de Maria, aos fundos da oficina Entra o Menino e abraça o pai devagarinho E a túnica do pai recende a cedro e pinho O cheiro da floresta quando a noite cai Se um dia, no calvário, ele abraçar a cruz Por certo há de lembrar, o Salvador Jesus Que tinha esse perfume a túnica do pai