Fitai as aves na amplidão celeste A garça branca que nos ares vai Nem uma pena da plumagem cai Sem permissão de Deus, que assim as veste Vede os lírios do campo; quem reveste Seu ouro de lavor? Considerai Que, lá no céu, tendes um Deus que é Pai E faz chover amor no solo agreste Por que trazeis vossas feições tão graves? Não valeis, porventura, mais que as aves? Mais que os lírios do campo não valeis? Desventura é viver sentindo o travo O gosto amargo de um viver escravo Sem saber que sois filhos... Que sois reis