Eu construí o meu foguete usando rima Pra ver a terra de cima além do sistema solar Levei cachaça, rapadura e mandioca Cinco pife de taboca pra fazer rave por lá Quando cheguei fui recebido num festejo Com melê e realejo, rubacão e vatapá Olhei pra baixo e vi a terra redondinha Dei aquela risadinha e voltei a festejar Pra você que diz que a terra é plana Não queria lhe contrariar É ruim se decepcionar Mas as vezes a gente se engana Se a ciência parece profana Lhe aconselho se jogar no mar E nadar, e nadar, e nadar, e nadar e nadar E nadar, e nadar, e nadar, e nadar e nadar Parei na Lua pra preparar um café Convidei pro rolé são Jorge santo guerreiro Deixei cravado no solo meu estandarte Antes de seguir pra Marte no meu foguete ligeiro Pela janela feita com resto de lata Eu vi o fogo na mata queimando o Brasil inteiro Vi o concreto crescendo e tomando conta A cabeça ficando tonta de ver tanto desespero Pra você que diz que a terra é plana Não queria lhe contrariar É ruim se decepcionar Mas as vezes a gente se engana Se a ciência parece profana Lhe aconselho se jogar no mar E nadar, e nadar, e nadar, e nadar e nadar E nadar, e nadar, e nadar, e nadar e nadar E nadar, e nadar, e nadar, e nadar e nadar E nadar, e nadar, e nadar, e nadar e nadar Pra você que diz que a terra é plana Não queria lhe contrariar É ruim se decepcionar Mas as vezes a gente se engana Se a ciência parece profana Lhe aconselho se jogar no mar E nadar, e nadar, e nadar, e nadar e nadar E nadar, e nadar, e nadar, e nadar e nadar E nadar, e nadar, e nadar, e nadar e nadar E nadar, e nadar, e nadar, e nadar e nadar