Ela sabia que ele era pajé Sua vida pertencia ao toré Ela sempre soube da sua fé Ainda seu sonho ser sua mulher Mas ele ama o coração da mata virgem como ninguém Ama o voo da águia coroada como ninguém Ama o solo da terra sagrada como ninguém ama demais Ela via o voo em seu caminhar Percebia o fogo não lhe queimar Ela via o seu jeito de olhar As penas de cura do seu cocar Mas ele ouve a canção do vento norte como ninguém Vê o povo que mora na estrela como ninguém Sonha o sonho da lua de prata como ninguém ama demais Ainda seu sonho ser sua mulher Ela sempre soube da sua fé E sua vida pertencia ao toré Ela sabia que ele era pajé Mas ele mora em cada criança que chora como ninguém Solta em cada coração que sangra como ninguém Clama cura para criatura como ninguém ama demais