Não consigo te ver sem esquecer Que tinha em você o que sempre quis ser Nas camas arrumadas, cobertores dobrados Se escondem meus receios, em todos os lados No corpo revirado e bagunçado Nunca contente em ser um Doente desarmado e descartado Num jogo sem vencedor nenhum Não posso fugir se não quero crer Não quero fingir se for pra ter Medo e incerteza como obstáculos Sorriso abestalhado e desanimado Do rosto disfarçado e dissimulado Que não se conforma em continuar Completamente desfigurado A buscar um fim pra essas dores De tudo o que fomos me sobrou só o resto Sobrou o testamento e os aborrecimentos Tudo o que fomos era o que esperávamos Que permanecesse só nas relações passadas Mas não sumiu o fantasma e não faltou o velho carma Resgatamos diálogos pra fazer curativos Pra ferida insistente existente no agrado Ausente nas reflexões disfarçada de felicidade Na minha pretensão infinita Na seriedade indefinida sobressaiu A dúvida de vencer ou de recordar A melhor saída