Gritos nas ruas e chacina em favela Toda tragédia na TV fica bela Bombas e balas, o choque nas ruas A guerra começa, a luta continua Nosso rosto cansado ainda é forte Quero morrer por algo que importe Eles são frios, a gente quer explodir Sem cor ou sexo, a gente quer existir Nossa raiva é combustível Olhamos no espelho o inimigo Agonia é ter o que é possível Viver é estar em constante perigo Vamos fazer barulho, quase mortos somos resistentes Prontos pra criar o caos, rebeldes e desobedientes Gritar alto o desespero no meio da multidão Ser o pior que podemos ser é a nossa missão Ninguém entende o que dizemos Queremos algo que não conhecemos Somos estranhos e bagunçados Somos o futuro, sujo e renegado Nossa raiva é combustível Agonia é ter o que é possível Os sinos badalam um hino perdido E nada mais faz sentido Vamos fazer barulho, quase mortos somos resistentes Prontos pra criar o caos, rebeldes e desobedientes Gritar alto o desespero no meio da multidão Ser o pior que podemos ser é nossa missão